Hey people 
Começo utilizando palavras que não são minhas, mas que espelham o que no momento está passando nessa minha mente..
Sim. Eu sei que o texto é ENORME.. mas sinceramente?? Vale a pena.. mesmo que vc não concorde com tudo o que tá escrito, pode ser que vc tire algo de bom e consiga refletir sobre os seus sentimentos (ou não)
Whatever.. 

"No momento estou sentindo isso: vazio. Uma palavra tão pequena, mas que possui uma “simbologia” gigantesca. Aliás, isso é o que tanto me atrai em lingüística: o peso que as palavras possuem. Uma simples palavra pode ser carregada de tantos sentimentos; e estes sentimentos podem ser totalmente opostos. E o mais interessante é que às vezes quão menor as palavras são, quão menos letras necessárias para lhe compor, mais peso ela pode carregar. Quantas vezes um “sim”, um “não”, foram potencialmente mais poderosos do que um murro? Quantas vezes essas palavras tão pequenas tiveram um peso tão grande que parecia insuportável lidar? Todo mundo é capaz de entender isso. Todo mundo, mesmo que apenas uma vez na vida, já sentiu o quanto as palavras possuem um poder incomensurável.

Então aqui estou eu para definir exatamente o vazio que comento.


Sinto, sim, um vazio. Mas um vazio fundido a um alivio. Por muitos anos carreguei comigo sentimentos de todas as intensidades, bons ou ruins, e os alimentei. Sentimentos e palavras andam lado a lado. Ambos são coisas que podem derrubar um ser, independente do quão forte ele seja. Mas não é o meu caso. Nesse instante, não estou lamentando o poder das palavras, nem a intensidade dos sentimentos. Nesse momento, estou agradecido. Agradecido por finalmente ter aprendido a usar as palavras como minha arma, ou como meu escudo, minha vacina, dependendo do ponto de vista.


Como falei, sentimentos e palavras andam lado a lado. Aprendemos a lidar com ambos da mesma forma. Quando entramos na escola, aprendemos sobre as vogais, as consoantes. Então, aprendemos a escrever o nome do Papai, da mamãe, o nosso nome… Um dia já sabemos ler o que a “tia” escreve na lousa, e vamos evoluindo. Alguns anos se passam, e já sabemos ler e escrever corretamente, com um vocabulário basicamente “normal”. Um dia começamos a aprender sobre um outro idioma. E assim o aprendizado contínuo segue… Até que chega o dia que vamos rir de quando não entendíamos tal coisa, ou quando não conseguíamos criar uma oração simples em outro idioma sem imaginar se íamos pagar mico; chega um dia que olhamos para o nosso “atual”, comparamos este com algum momento passado, e finalmente percebemos o quanto, de fato, evoluímos.



Com os sentimentos acontece a mesma coisa. Somos biologicamente programados para senti-los, obviamente, mas, às vezes, somente para iniciar todo um processo de entendimento sobre estes é necessário o dobro, ou até o triplo do tempo do tempo que levamos para aprender a usar as palavras decentemente. E, a partir do momento que abrimos os olhos, o mundo se tornará diferente. Os vemos mudar diante de nossos olhos, de nossas crenças… E isso realmente é um processo assustador e doloroso. Principalmente para aqueles, como eu, que precisaram acordar diante um grande murro dos sentimentos unido às palavras. Ah, rapaz! Você não faz idéia do quão poderosos ambos são. Mas, independente de qualquer coisa, no instante que o medo passa, que aprendemos a enxergar ao nosso redor sem medo, percebemos uma coisa: nada existe.


Sim! Parece algo absurdo, não? Mas é fato de que nada existe. Não existe um mundo. Não existe um universo. Um modo de se viver. Um modo de se seguir a vida. Estamos tão habituados a acreditar que existe um mundo; que nascemos aqui, somos parte de um todo, e assim devemos seguir. E aqueles que percebem que isso é uma grande ilusão podem se assustar.


O mundo é feito de vários universos. “Universos”. Não existe apenas “um”. “E como seria isso?”, alguém que lê isso pode estar se perguntando. Bom… Por que quando lemos no jornal sobre a morte de alguém, não ficamos abalados? A resposta parece simples: não temos ligação com essa pessoa. Não temos nenhum tipo de laço com ela, então é natural não se abalar. Então, rapaz, eu digo que você me deu a resposta correta. Existe outra melhor? Não. Não existe. Mas eu irei ainda mais fundo para explicar o raciocínio.


Eu já me perguntei muitas vezes sobre o amor. Por muitas vezes eu quis entendê-lo, sabe? Quer dizer, nascemos sozinhos e morremos sozinhos. Por que, do nada, uma outra pessoa se torna extremamente necessária para a nossa felicidade? Alguém que sempre esteve por aí, que nasceu, cresceu, foi para a escola, aprendeu sobre as vogais e consoantes, aprendeu o nome da mamãe e do papai, ficou com febre, comemorou aniversário, tropeçou, caiu e ralou os joelhos… Alguém que esteve solto, vivendo aí fora por tanto tempo… Por que alguém que aparece do nada se torna extremamente necessária para compor nossa felicidade? Eu sempre me perguntei isso. Por anos. Anos. Mas, agora, eu posso responder; me responder não só essa, mas várias outras perguntas que sempre me fiz, e achei que jamais teria a resposta.


Como eu falei, não existe um universo apenas. Existem vários. E cada um desses pertence a alguém que o vive. Nesse nosso universo, somos Deuses. Escolhemos quem entra, quem sai, quem pode ficar e quem não pode. Escolhemos se permitiremos outro a viver nele, ou se estamos dispostos a viver no de outra pessoa. E, a partir do momento que criamos essa ligação, as constantes mudanças “astrológicas” deste plano passará a nos afetar também. Positivas ou negativas, elas choverão na nossa horta.


Okay… Até aqui você seguiu apenas colocando de uma forma mais ilustrativa o que eu já tinha respondido sobre criar laços”, você está pensando.


Sim. Eu estou, mas vamos refletir um pouco? O que aprendemos sobre “Deus”? Deus é absoluto. É Onisciente, onipotente e onipresente. Ele é tudo que sempre existiu, e sempre existirá. E como ele nada mais há. Deus, o criador do universo. Logo, vamos seguir por esse caminho: se cada um de nós é dono do nosso próprio universo, somos Deuses do nosso universo. Logo, somos “Oniscientes”, “Onipotentes”, “Onipresentes” em nosso próprio universo.


“Ta, mas o que isso tem a ver?”


Tem muito a ver! Como eu falei, não existe apenas um mundo. Não estamos todos sobre o mesmo mundo, e não fazemos parte de um todo. Essa não é a questão! E por acreditar nisso, a gente acaba esculhambando tudo, e achando que não existe as respostas para as nossas perguntas. De fato, o conhecimento é uma maldição. Quanto mais sabemos, menos entendemos.


Todo mundo um dia já parou pra pensar nisso, mesmo que por alguns instantes. Todo mundo se lembra de quando era criança, e achava que viveria com o papai e a mamãe pra sempre. Acreditava no papai do céu, que orava antes de dormir, que achava que se você fosse bonzinho, você ia para o céu ficar com todo mundo da sua família que já tinha partido.


Todo mundo, mesmo que uma vez na vida, já percebeu que por mais que seja estranho assumir, a vida era muito mais fácil quando não sabíamos nada. Quando a inocência ainda estava diante nosso olhar. E quanto mais crescemos, mais vamos entendendo determinadas coisas; mais respostas temos para as nossas perguntas. Porém, essas respostas trazem novas perguntas. E essas novas perguntas podem não ter respostas. E, para um pensador, nada pior do que a frustração de não poder ter a resposta daquilo que ele busca. Logo… Sim! O conhecimento é uma maldição. Se pararmos pra pensar, é assim desde que o mundo era mundo. Além do mais, o que foi que aconteceu com Eva quando ela comeu a Fruta Proibida, segundo a bíblia? Ela não morreu. Ela não virou um bicho, e nem desmaiou esperando o beijo do seu príncipe Adão. Seus olhos simplesmente abriram… Como a serpente disse, ela passou a ver como Deus via. Ela despertou. Ela ganhou conhecimento. De repente, ela passou a entender coisas que antes não eram capturadas pelo seus olhos devido a proteção de sua “inocência”. E foi expulsa do Éden. Terminava, ali, sua moradia no Paraíso.

Então, entendendo que somos Deuses dos nosso próprio universo, não existirá, de modo algum, uma maneira de uni-lo a um outro. Não poderemos jamais impor o nosso poder sobre outro. Não podemos acreditar que haverá um momento que ligaremos nossa vida à outra pessoa, e que assim teremos um novo “universo” a se controlar. Não. Simplesmente não. E são atitudes como essas que acabarão nos levando a “expulsão do Éden”. A destruição do nosso paraíso. O fim da nossa paz.


Existem muitas verdades. Muitos fatos. Da mesma forma que não existe apenas um mundo, não existe apenas uma verdade; não existe apenas um fato. Existem vários. Porém, é fato também que estes só se tornam reais quando tomamos ciência. Mas isso não quer dizer que eles não estavam ali desde o começo. A capacidade de entender e aceitar que o mundo não gira em torno da gente é o primeiro passo para se tornar forte. A minha verdade pode não servir para você, e a sua pode não servir para um terceiro. E a verdade do terceiro pode não servir pra você também, mas pode servir pra mim… Ou seja: coisas acontecem a todo o momento. Vários universos se movimentando, se conectando, a cada segundo que passa. Até mesmo aqui, enquanto eu digito, ou enquanto você lê, existe algo acontecendo. Algo está sendo trabalhado.


Então, se nascemos sozinhos, e morremos sozinhos, por que alguém se torna, de repente, a razão da nossa felicidade? Porque, no instante que aceitamos esse alguém no nosso “universo”, na nossa dita “vida”, a afirmamos em cima do que existe de mais poderoso: palavras e sentimentos. Não me entenda errado. Eu não estou dizendo palavras ditas. Palavras jogadas ao vento. Eu estou falando do interior de um ser. Aquilo que você diz pra si; aquilo que a sua própria voz repete dentro de sua cabeça quando ninguém está por perto, ou quando você decide ficar pensativo. Não precisamos assumir nossos pensamentos e sentimentos para o resto das pessoas. Mas sabemos o que pensamos e o que sentimos. Existem milhares de pessoas lá fora. Milhares. Logo, são milhares de vidas, milhares de histórias… Não existe alguém que seja, sozinho, responsável pela sua felicidade. Pela sua paz de espírito. Repense sobre tudo isso.


Repense sobre os seus sentimentos por alguém: por um amigo, por um amante, por um parente. Pare agora, por um instante, e pense: por que eu amo essa pessoa? Mas tente não mentir para si. Ninguém estará te vendo, ninguém estará te ouvindo. O que quer que passe pela sua mente, somente você irá ouvir. Tente não apelar. Não pense: “porque ela é boa pra mim”, “porque ela me faz rir”, “porque ela é carinhosa, é amorosa,…”. Não. Não pense nada disso. Seja sincero. O que essa pessoa REALMENTE tem de especial para se tornar única? O que ela tem EXATAMENTE para você pensar que não pode haver outra jamais? Se você não encontrou nenhuma resposta aceitável para o desafio que propus (algo que não envolva alguma coisa que outra pessoa poderia, um dia, também ser ou substituir [carinho, amor, atenção]), você pode parar por aqui. Mas se você encontrou, considere-se sortudo. Você chegou lá.


Então o que eu posso dizer? Se você ama, se você tem sentimentos bons e bonitos em relação a alguém, viva-os. Sinta-os, aceite-os. Mas se um dia isso acabar mal, e vocês dois passarem a caminhar estradas separadas, o mais importante é entender que você é o Deus somente do seu universo. Não tente fazer com que sua verdade seja também a do outro. Não se agarre nessa ilusão. Enquanto tudo estiver bem, viva bem. Dê tudo de si para que cada segundo venha a valer a pena. Principalmente se você encontrou a resposta para a minha pergunta. Mas, se por ventura algo acontecer, aceite. Chore, se tiver que chorar. Lamente, se tiver que lamentar. Mas lembre-se: essa pessoa que agora está partindo é alguém como qualquer outra pessoa aí fora. Ela só é o centro de sua felicidade se você fizer disso verdade. Mas entenda, rapaz, o que eu estou lhe dizendo o texto inteiro: o que você faz verdade será apenas a sua verdade. Toda a sua vida, suas crenças, seus sentimentos desesperados por qualquer conforto, irão se agarrar nisso. E quanto mais tempo você passar alimentando os seus sentimentos dessa forma, mais difícil será seguir em frente um dia. E mesmo que siga, no primeiro escorrego você terá que encarar tudo o que achava ter finalizado. Não se esqueça do que falamos: não fazemos parte de um todo. Não existe UMA verdade. UM fato. O que pra gente pode ser uma realidade, pode também sequer afetar aos demais. Não movimenta a vida de ninguém. Somente a nossa.


Se você conseguir dar esse passo importante, você merece todo o meu respeito. Acredite! Eu falo por experiência própria. Talvez você nunca deixe de sentir o que sente. Você pode simplesmente deixar passar, ou amadurecer os seus sentimentos para que isso não se torne um problema. Será uma sensação bem gostosa quando você ver isso acontecendo. Mas não se esqueça: existem vários “universos”. E várias verdades. É claro que estas só se tornam reais para a gente quando tomamos ciência; porém, lembre-se que elas sempre existiram. Não nos fizeram mal até agora. “O que os olhos não vêem, o coração não sente”, de fato. Então não faça o coração sentir, mesmo quando os olhos enxergarem. O que torna algo realmente intenso são as palavras fundidas aos sentimentos. Não faça isso consigo. Não existe uma personificação da felicidade individual de cada ser. Nós que criamos isso. Além do mais, essa pessoa sempre viveu por aí antes de te encontrar. E ela continuará a viver. Se você realmente a ama, deixe-a ir. Deseje todo o bem para ela, seja esta pessoa quem for: um parente, um amigo, um amor… Não se engane. Não fique procurando conforto nas suas próprias verdades. Não tenha medo de encarar a realidade. Essa realidade que diz que existem várias outras realidades.


O dia que você finalmente entender que devemos aceitar tudo do jeito que é, você terá dado um passo importantíssimo como ser humano. Como uma criatura racional. As lembranças ficarão. Você sempre se lembrará. E é natural ter recaídas, talvez chorar, talvez lamentar. Mas é isso que nos torna fortes, certo?


Um dia, quando você finalmente tiver encontrado as respostas para as perguntas que achou que nunca encontraria, você sentirá apenas uma coisa: vazio.


Um vazio diferente. Uma sensação de que finalmente se fechou um ciclo importante da sua vida. Finalmente o fim se uniu ao começo mais uma vez, e você pode respirar aliviado. Não é como o vazio de antes. Não é exatamente uma falta. Uma necessidade de ser preenchido com algo. É a sensação de trabalho concluído. De liberdade. De paz. Como diz a música: o meio para o fim será sempre a paz que foi prevista para ser sua desde que tudo começou.


Então aqui estou eu para dizer que me sinto vazio. Pronto para começar um novo ciclo. Algo para defini-lo?!"



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